quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Aniversário da morte de Paulo VI - Na terra verdadeira


«Por muitos anos reunir-se neste dia de festa na basílica do Vaticano para uma santa missa celebrada no aniversário da sua “Páscoa” desta terra para o céu foi um encontro devoto para tantos que cultivam afecto, gratidão e estima por Paulo VI», recordou D. Marcello Semeraro, bispo de Albano e secretário do Conselho dos nove cardeais, durante a celebração junto do túmulo do Pontífice em São Pedro. 
Na manhã de quinta-feira, 6 de Agosto, na Capela dos húngaros nas Grutas do Vaticano, o prelado frisou como agora que Montini «foi proclamado beato, a nossa já não é uma oração de sufrágio, mas um pedido de intercessão a Deus». Depois, anunciou que a primeira memória litúrgica se realizará daqui a um mês, na tarde do dia 28 de Setembro, com a missa presidida no altar da Cátedra da basílica vaticana pelo cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado.
Na homilia o bispo Semeraro convidou também a questionar-se por que não houve «elevação» alguma para o seu corpo. «A resposta – explicou – foi dada pelo próprio Paulo VI nas suas vontades testamentárias», onde escreveu de «terra verdadeira». «A fórmula – advertiu o celebrante – não é habitual. Nós talvez no seu lugar teríamos escrito: «terra nua». Ele, não: escreveu «terra verdadeira»! «É a verdade da terra que são Francisco de Assis cantou» e que o Papa Francisco «repetiu na sua recente encíclica Laudato si', escrita sobre o cuidado da casa comum. Desta carta, como já com a Populorum progressio de Paulo VI, alguém evidenciou a dimensão profética. Precisamente porque profética, a Laudato si'contém também algumas denúncias e entre as mais graves, na minha opinião, a seguinte: «Temos demasiados meios para escassos e raquíticos fins» (n. 203). Uma frase que esculpe o rosto do homo consumens hodierno».
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