Diante das transformações constantes nas relações de trabalho,
algumas características têm definido o perfil de quem ocupa os cargos de
liderança, hoje, e pretende assegurar essa posição também no futuro. São
maneiras de ser, agir e pensar que estão alinhadas com as necessidades dos
profissionais da equipe e progresso tecnológico.
Para ajudá-lo a trilhar esse caminho, nós, da Metadados – empresa
especializada em sistemas para a gestão de Recursos Humanos –
compartilhamos este checklist. O objetivo é que você faça uma autoavaliação
e perceba se a sua liderança está seguindo pelo caminho da inovação ou se
você está ainda preso a um modelo de gestão que está com os dias contados!
1. AUTENTICIDADE
• Grandes viradas de chave das organizações
não estão em manuais ou cursos. A ousadia
para tomar atitudes e seguir caminhos
diferentes daqueles já praticados é o que gera
inovação. Para conquistar essa autenticidade,
em alguns momentos, é preciso agir fora do
planejamento e ser fiel ao que você acredita,
ao seu jeito, ao seu estilo.
• Não tomar decisões por impulso, ação
subversiva ou baseada no ego tende a diminuir
arrependimentos futuros. Procure realizar algo
que tenha realmente potencial para alcançar
resultados melhores.
• Agir com personalidade fomenta o envolvimento e confiança da equipe na
sua liderança. É por meio desse exemplo que o líder também encoraja ideias novas
e coerentes de seus liderados.
2. COMUNICABILIDADE
• Em outros tempos, não tão
distantes, a figura do chefe
representava algo similar a uma
entidade. A aparição em alguns
setores da empresa era rara e ele
passava a maior parte do tempo
em reuniões ou sozinho, isolado
em uma sala. Hoje, a tendência é
de um gestor corrente, que seja
visto e facilmente acessado.
• A proximidade com os colaboradores da organização aumenta o entrosamento,
que é o braço direito da performance. A partir dessa interação, as pessoas ficam
mais alinhadas e engajadas, gerando aumento de produtividade na empresa.
• A base da pirâmide, ou seja, o setor que entra em contato direto com os clientes
ou executa a operação de fábrica sabe quais são os problemas operacionais que
ocorrem no dia a dia e merecem atenção. Um gestor que se mantém isolado
em uma sala, sem estar integrado à ponta, perde a chance de corrigir falhas e
sucumbir diante da concorrência.
• A alta performance está na comunicação e a comunicação está muito mais
em saber escutar do que naquilo que você fala. Escutar mais é um exercício
constante, que precisa ser treinado. Por conta disso, a liderança deve pensar
e viabilizar reuniões periódicas para garantir que a troca de ideias ocorra de
forma programada.
• Reuniões one on one (1:1) semanais não servem apenas para falar sobre
trabalho mas, também, sobre desenvolvimento pessoal e desafios, além de dar
e receber feedbacks. É um processo que exige disciplina. Manter-se conectado
com cada membro do time irá recompensar você, os liderados e a organização
como um todo.
3. EMPATIA
• Se colocar no lugar de outra pessoa leva o relacionamento profissional para
outro nível e contribui para os resultados da companhia. Segundo a Forbes,
empatia também tem ligação com a melhoria da inovação, engajamento,
retenção, inclusão, vida profissional e, até mesmo, saúde mental.
• Quando a liderança considera os desafios e necessidades individuais,
demonstra que realmente se importa com as pessoas. Já gestores distantes,
quando não sabem a solução para um problema, tendem a se tornar mais
frios ou irritados, o que viabiliza a propagação de insegurança e falta de
cumplicidade na equipe.
• Não tenha vergonha de assumir a
dificuldade em encontrar uma resposta
para um problema. Pelo contrário,
trazer o problema para o debate, junto
ao grupo, gera empatia e cria conexão.
Essa troca será capaz de manter o
engajamento da equipe e construir
um alinhamento e compromisso com
os objetivos.
4. INFLUÊNCIA
• Líderes precisam inspirar as pessoas em direção a propósitos maiores. Essa
inspiração é fruto de um compromisso assumido em equipe, tanto racional
quanto emocionalmente. Ao se promover o comprometimento, a excelência é
estimulada e, assim, se chega à motivação das pessoas para a inovação
e, o mais importante, para a ação!
• Liderar é impactar positivamente o time e isso precisa ser exercido o tempo
todo. Para você ser um líder, é preciso agir sempre com ações que agreguem o
grupo, logo, ter uma visão coletivista é fundamental.
5. CRIATIVIDADE
• A criatividade é o que permite realizar algo que ninguém fez antes. Junto da
autenticidade e da ousadia, precisa ser exercida pelo líder e promovida por ele
nas equipes com quem trabalha.
• Estimule o questionamento e a criação de novas alternativas que fujam do
famoso: “mas, sempre foi feito assim!”.
6. RACIONALIDADE
• Não é por que falamos em ser criativos que devemos excluir alguns passos
um tanto burocráticos do processo. Afinal, as ideias devem partir de algo
concreto. Nesse contexto, é fundamental agregarmos dados, pesquisas e testes,
por exemplo, à rotina de liderança. A partir da análise desses recursos é que
surgem insights diferenciados e mais próximos da realidade
7. TRANSPARÊNCIA
• Já ouviu dizer que alinhar expectativas diminui a ansiedade? As pessoas
preferem previsibilidade e clareza sobre o que é esperado delas. Nesse ponto,
quem está e pretende se manter em um cargo de liderança precisa aprender
a ser claro, mesmo quando não tem certeza, compartilhando o que sabem e
sendo honestos sobre o que não sabem.
• Fazer promessas que não podem ser cumpridas é uma atitude inaceitável nas
relações atuais de trabalho. Seja sempre sincero e só prometa o que sabe que
poderá cumprir.
• É por meio da transparência que o líder consolida uma relação de fidelidade
e honestidade com o seu propósito e com a sua equipe e ecossistema. A
vulnerabilidade, a empatia e outros pilares estão ligados à transparência e
geram confiança entre todos os agentes envolvidos.
• Se as entregas do time não estão satisfatórias, é fundamental pontuar o que
pode ser melhorado. A clareza na comunicação é fundamental para que o
liderado receba a mensagem, consiga assimilar e, assim, alinhar com as suas
expectativas. Portanto, busque ser objetivo (não ríspido) e claro, sempre que
se comunicar.
8. AUTONOMIA
• Autonomia não é algo desejado por todos. Algumas
pessoas gostam quando alguém decide por elas. Mas,
isso só reforça a permanência desses profissionais
em uma zona de conforto. Assim, se livram das
consequências de suas próprias decisões.
• Tomar decisões parece um fardo, mas é fundamental
para o desenvolvimento de qualquer pessoa! Quando
o líder decide em nome dos liderados, acaba criando
alguns efeitos colaterais subliminares, como passar
a impressão de que não confia na pessoa para que
tome as próprias decisões.
• Ao abdicar do exercício do poder, consequentemente o líder abdica da tomada
de decisões e repassa essa responsabilidade ao time. O que o time decide
é lei. Assim, as demandas que antes eram repassadas ao líder, que estava
sobrecarregado e num papel de servir aos liderados, agora são repassadas ao
time que, coletivamente, tomará as decisões.
9. CONFIANÇA
• É preciso ser confiante, confiável e confiar nas pessoas, porque só assim
criaremos relacionamentos diferenciados. A liderança deve aprender a construir
confiança e desenvolver relações reais de longo prazo.
• Uma das piores punições que alguém pode ter é perder a confiança das
pessoas por ter cometido algum erro. Ao contrário do que muita gente pensa,
o momento da identificação de um erro é a melhor hora para reforçar o vínculo
de confiança entre líderes e liderados. Como gestor, é preciso praticar esse
comportamento sempre e buscar por soluções, não culpados.
10. COMPROMETIMENTO
• Um líder não faz o que ele quer fazer, ele faz o que precisa ser feito. Para
que o gestor construa uma cultura de disciplina na organização, é preciso,
primeiramente, ser disciplinado e praticar o que fala.
• Não basta reconhecer a importância de alguns temas, como a pluralidade
dentro das organizações. É preciso firmar um compromisso ético com a inclusão,
na prática.
• Ser líder não é ser o melhor do time, mas ser o melhor para o time. Isso vai
exigir o seu comprometimento em cumprir as promessas que fez a si mesmo e
aos liderados, no final de cada dia.
Se você chegou até aqui e identificou a ausência ou deficiência em algum dos
pilares citados, não se preocupe! Nós criamos o Guia de Líderes - “Práticas para o
desenvolvimento de competências”. Nele, trazemos exemplos de ações a serem
adotadas para que o líder do futuro se sinta seguro e perceba que mudar a forma
de pensar e agir não precisa ser complicada.
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